sábado, 22 de agosto de 2009

Inocência.

Pensei em iniciar esse blog falando um pouco do passado, de como as coisas parecem fáceis, simples e perfeitas quando somos crianças e permanecemos sob a proteção de nossos pais. Tudo é tão colorido, morno e feliz...quando se é criança.
Ninguém julga seus atos pois quando se é criança seus atos e palavras são sinceros e ingênuos.
Ninguém ameaça sua integridade física ou moral, pois a criança é a conexão com a esperança.
Quando se é criança se confia na benevolência dos adultos e se acredita que o mundo é um lugar de amor.
Não existe guerra, não existe morte, não sabemos o que é chorar pela perca ou pela mágoa quando somos crianças.
Os adultos responsáveis pelo nosso bem-estar nos dão amor, carinho e toda sorte de mimo, não temos consciência se existem sacríficios por trás dessas ações.
Vivemos em uma doce inconsciência, num sonho perfeito de conto de fadas. E nosso príncipe encantado nos colocou no mundo, desejando apenas que pudéssemos encontrar o amor verdadeiro e a felicidade na vida, desejando que encontremos um outro príncipe que o substitua no caminho da vida e da criança doce que tanto ninaram vêem surgir uma mulher amada nos braços de outro homem.
E quando os planos não dão certo??? Quem cuida das crianças??? Quem as conforta??? O que se faz com a metade que restou depois de uma perca???
Como uma criança pode sobreviver sem sua metade primordial??? Sem o único amor sincero e realmente gratuito da vida?
Como começamos uma nova vida depois de conhecer a perca? Quantas percas mais na vida teremos que reviver, o mesmo instante do tenebroso adeus...


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